quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Tudo azul na América do Sul!

          Esperei alguns dias após a final do campeonato sulamericano para escrever no blog sobre a grande final que fez com que tantos sentimentos se aflorassem em tão pouco tempo. Realmente a tensão antes da final mostrou como cada um convive com o imponderável de uma decisão tão importante. Alguns se recolhem, outros se silenciam, outros mais ficam eufóricos, tensos, nervosos e a minoria permanece calma. Eu, particularmente, sou dos que ficam eufóricos e tentam viver cada minuto do evento intensamente, sabendo que outra oportunidade como aquela não acontece todos os finais de semana.
          Esperei também em respeito aos profissionais de imprensa que cobrem e divulgam o evento. Eles são os especialistas em divulgação. Eu, com meu blog, divido com as pessoas que o leem, as minhas impressões pessoais, sempre carregadas de emoção e sem a pretensão de serem furos jornalísticos. É óbvio que minha maneira de descrever os fatos nunca se coincidirá com o de nenhum outro escritor. Cada um tem sua maneira de ver e analisar.
          O dia custou a passar em Linares e cada um curtiu sua espera à sua maneira. Às 16:00 hs saímos do hotel e nos dirigimos ao ginásio, onde o time da casa perdia a disputa do terceiro lugar para o time da Venezuela. Mesmo com a derrota, a prefeitura municipal ofereceu um troféu à equipe linarense que mostrou muita garra e mobilizava a torcida com belas jogadas. Por falar em torcida, a música que mais elevava o moral do time era o hino da cidade. Tive muita dificuldade em aprender a letra, mas, ao final do torneio, já me sentia um linarense cantando o hino municipal. São acordes de uma banda, com pequenas paradas nas quais a plateia canta: Linares! São quatro paradas e quatro vezes entoamos: Linares! 
          Após o jogo começamos o aquecimento e houve a entrada dos times lado a lado após os árbitros. Muito simpática foi a atuação do marketing cruzeirense que mandou flâmulas, bonés e pins que nossos atletas entregavam aos adversários no protocolo de cumprimentos. Em seguida foram entoados os hinos nacionais da Argentina e do Brasil. 
           A partida começou muito tensa e nosso time demorou a entrar no jogo. Perdíamos pontos bobos e os argentinos valorizavam muito os pontos que faziam e catimbavam bastante com muitas reclamações junto aos árbitros da partida. Para eles vale tudo para vencer uma partida. Ao meu lado, na arquibancada, estavam os dirigentes argentinos que não poupavam "elogios" aos nossos jogadores. Os membros da nossa comissão técnica, à exceção do fisiotepeuta Zuim, preferia uma postura mais olímpica e cavalheiresca. Os argentinos venceram o primeiro set e nosso técnico teve que "chegar junto" da rapaziada no intervalo. Aliás, muito engraçada foi a atitude do preparador físico argentino que insistia em ficar perto de nosso banco ouvindo as instruções do Professor Marcelo, fingindo que ia buscar o relatório do estatístico deles que ficava assentado, junto com os outros estatísticos, perto de nosso banco de reservas. Tivemos que pedir que se retirasse. Pedido feito com muita educação por parte de um de nossos jogadores.
       
           Encerrado o jogo o placar nos mostrava 3 x 1 para os brasileiros e mais uma página heroica e imortal foi escrita pelos atletas azuis. Muita festa, comemoração e alegria. Título conquistado com muita luta, suor, esforço e dor (que me diga o Acácio)! Bom ressaltar que, da indicação da seleção do torneio, entre os sete indicados quatro eram do Cruzeiro!






          Encerro com a foto acima da equipe em frente ao Ginásio Ignacio Carrera Pinto em Linares, onde o calor Cruzeirense empanou o frio que fazia naquela região distante do Chile. Chile de tradições especiais em se tratando de Cruzeiro, uma vez que em 1976, foi naquele país que nosso time de futebol levantou a taça de campeão sulamericano e pintou a América do Sul de azul pela primeira vez!

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