domingo, 5 de fevereiro de 2012

Atraso nos salários - matéria do O Tempo explica

DETALHES DO ATRASO
Conselheiro Fiscal explica burocracia nos salários e mostra confiança nas finanças do Cruzeiro
Procurado pelo SuperFC, Anísio Ciscotto deu detalhes sobre os problemas que atrapalham o pagamento de salários dos jogadores celestes
31/01/2012 17h20
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DA REDAÇÃO
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FOTO: VIPCOMM/DIVULGAÇÃO
Apesar de atraso, conselheiro mantém confiança na gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares
A reclamação pública feita pelos jogadores do Cruzeiro sobre o atraso nos salários deu um novo e importante capítulo para a crise que ameça se instalar na Toca da Raposa II. A diretoria celeste atribui os atrasos a questões operacionais com o banco que rege as contas do clube.

Para esclarecer as burocracias que atrapalharam os pagamentos do Cruzeiro, SuperFC procurou o presidente do conselho fiscal do clube, Anísio Ciscotto Filho, que deu detalhes sobre a situação e revelou que os salários devem ser pagos em breve.

"No início do ano trocamos a diretoria, mudaram as pessoas que assinam pelo clube e, normalmente, os cadastros e avaliações têm de ser refeitos. Então, é normal quando se muda a diretoria que exista uma burocracia maior de pesquisas e limites também. Tudo começa praticamente do zero. Como o Zezé (Perrella) saiu e entrou uma diretoria nova, é preciso fazer uma demanda de análise de crédito e outras coisas do tipo, que necessita tempo, ao menos 30 dias. Por isso houve o atraso", explicou Anísio.

O conselheiro esclareceu que o uso de empréstimos bancários para quitar despesas é prática comum na Raposa desde o início da 'Era Perrella' e não classifica o fato como um enfraquecimento do clube.

"O Cruzeiro já utiliza há algum tempo créditos bancários para fazer seu negócios, isso é normal e nunca foi segredo para niguém. Somos um dos poucos clubes que têm crédito em bancos, porque horamos nossas contas. Ninguém empesta dinheiro para alguém que não paga. As pessoas acham que ir ao banco pedir empréstimo é sina de fraqueza, mas não. É sinal de organização, de pujança e o Cruzeiro tem crédito com vários bancos", esclareceu Ciscotto, que, apesar do momento complicado, não vê problemas a longo prazo para as finanças da Raposa.

"Uma coisa é a situação financeira, outra é a situação econômica. Você pode estar financeiramente mal e economicamente bem. Temos patrocínios assinados, cotas de televisão de vários campeonatos, recebimentos a serem feitos, vendas de jogadores parcelados... São créditos para entrar e atenuar um momento difícil. As receitas do clube serão maiores que no ano passado e vejo essa situação dos salários como algo temporário, questão de adaptação da nova diretoria do Cruzeiro e não me preocupo. Há mais de 20 anos não atrasamos os salários e quanto acontece, é um fato significativo.", completou Anísio,

 Confiança em Gilvan

Conselheiro influente dentro do Cruzeiro, Anísio conhece o presidente Gilvan de Pinho Tavares como poucos. A proximidade entre os dois dá total propriedade para Ciscotto avaliar a postura do novo mandatário celeste, que foi alvo dos jogadores nesta terça-feira, após declaração irônica sobre o atraso dos salários.

Na opinião de Anísio, o acontecimento desta terça-feira não deve abalar as relações internas dentro clube, sobreturo entre atletas e diretoria. O conselheiro aposta na capacidade de Gilvan contornar os problemas da melhor maneira possível.

"O Gilvan sempre foi uma pessoa conciliadora. Ele já tomou posições políticas dentro do Cruzeiro até mesmo contra o Zezé (Perrella), inclusive foram adversários certa vez. Se eu fosse destacar uma qualidade do Gilvan, é essa: conciliador. Acredito que ele vai ter a hombridade de chamar os jogadores para conversar e, se achar que errou, vai admitir o erro, se tiver de pedir desculpas, vai pedir. Da mesma forma que se não achar que deve pedir, não irá. Tenho tranquilidade de que ele vai resolver essa situação", ponderou.

Anísio finalizou afirmando que todo este imbróglio servirá de aprendizado para a nova gestão celeste, que tem o apoio total dos conselheiros para regir o clube.

"Fica como um aprendizado para a nova diretoria, que mal entrou e pegou um momento difícil, com muitas situações adversas. O importante é que o conselho do clube está unido, apostando no Gilvan, e o conselho fiscal está tranquilo em relação ao presidente", acrescentou.

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