O assunto finanças de Clubes é um dos mais tratados no meu blog. Entendo que tal assunto é de extrema relevância dentro do momento político e econômico pelo qual passamos. A qualquer momento será aprovado no Congresso Nacional uma nova legislação sobre parcelamento de débitos fiscais dos Clubes de Futebol. Os maiores devedores terão assim uma nova possibilidade de colocar a casa em ordem. A grande dúvida que fica é se, com tal programa, os Clubes levarão a sério a questão fiscal, ou será mais um paliativo temporário em suas finanças. Estudos mostram que, com o atual modelo de gestão dos Clubes, muitos não terão como pagar. Clubes que estão levando a sério a questão fiscal estão se preparando para um futuro onde a obtenção de certidões negativas de tributos será tão importante quanto as taças nas galerias de troféus. O Flamengo, atualmente, é um exemplo a ser seguido, pois gasta mais recursos com a questão fiscal do que com a folha de salários de jogadores.
É sempre importante lembrar que a leitura de um balanço deve sempre passar pelas notas explicativas, pois os clubes contabilizam suas receitas e despesas de diversas formas. Como exemplo, temos vários clubes com faturamentos totais altos, mas nos valores estão incluídas receitas que ainda não entraram no caixa, como por exemplo, clubes que venderam jogadores e não receberam os valores ou ainda, que os valores estão bloqueados judicialmente. Também o quesito bilheteria pode sofrer distorções. Com o advento do fenômeno Sócio Torcedor cada clube contabiliza como melhor lhe convém, alguns lançando em bilheteria, outros em rendas de quadro associativo.
Publico aqui o relatório do Consultor Amir Somoggi no qual ele analisa os balanços dos clubes no exercício de 2013. É uma excelente ferramenta para enriquecermos nosso debate. O relatório aqui publicado está no site pessoal do Amir.
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