Hoje é dia 31 de março de 2012. Nesta mesma data, em 1964, eu morava em Governador Valadares e vivi, muito de perto as agruras daquela data. Pessoas morreram na minha rua, por causa da bendita revolução, que para muitos foi um golpe. Em 2005 escrevi a monografia abaixo para a minha especialização em Histórias e Culturas Políticas da UFMG. Apesar de não ter nada a ver com futebol, reflete um período de tempo que foi muito marcante na minha vida.
E foi proclamada a escravidão![1]
1 INTRODUÇÃO
O Samba do Crioulo Doido
Quarteto em CY
Composição:
Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto)
Foi em
Diamantina
Onde nasceu JK
Que a princesa Leopoldina
Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva
Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com tiradentes
Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá iá
O bode que deu vou te contar
Joaquim José
Que também é
Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas
Seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a Dom Pedro
E acabou com a falseta
Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão
Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Da. Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também
O, ô , ô, ô, ô, ô
O trem tá atrasado ou já passou[2]
Onde
Que a princesa Leopoldina
Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva
Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com tiradentes
Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá iá
O bode que deu vou te contar
Joaquim José
Que também é
Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas
Seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a Dom Pedro
E acabou com a falseta
Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão
Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Da. Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também
O, ô , ô, ô, ô, ô
O trem tá atrasado ou já passou[2]
“Treino é treino, jogo é jogo”. Neném
Prancha, grande filósofo do futebol brasileiro, eternizou sua filosofia em
ditados como esse. Tal filosofia inspirou o título do presente trabalho, onde
será abordada a crítica ferina aos costumes e à sociedade, feitas por Sérgio
Porto, que escrevia sob o pseudônimo Stanislaw Ponte Preta, mestre da sátira
política, nos anos iniciais da ditadura militar.
O período histórico que compreendeu a
década de 1960, após o golpe militar de março de 1964, foi repleto de situações
limite e comportamentos pouco ortodoxos por parte da sociedade brasileira, que
tentava, à sua maneira adaptar-se aos novos tempos de repressão e censura. O
mandonismo dos militares, as políticas denuncistas que visavam prejudicar
carreiras de funcionários públicos e o medo do comunismo internacional, ditavam
o imaginário popular do brasileiro.
Nada disso escapou da percepção de Sérgio
Porto. Através das crônicas que publicou no jornal Última Hora[3],
também através das letras de canções, como no caso do “Samba do crioulo doido”
e seus livros, como por exemplo o Febeapá:
o Primeiro Festival de Besteira que assola o país (havendo ainda o segundo
e o terceiro Febeapás), Garoto linha
dura, entre outros, as nuances e os nonsenses
de uma sociedade atônita com as transformações ocorridas foram
hilariamente reportadas.
O presente
trabalho de conclusão da matéria Decantando
a República: um inventário Histórico e Político da Canção Popular Brasileira
tem por escopo retratar o período em questão sob a ótica de Sérgio Porto,
principalmente através da letra do samba. A irreverência a serviço da crítica
social. A tentativa do autor em burlar a censura com uma letra aparentemente
ingênua em uma estória divertida. Tudo isso será visto rapidamente tendo em
vista o pequeno texto redigido. Porém terá valia como descrição de uma época e
da cultura política que fermentou durante quase todo o século XX no Brasil: as
intervenções militares vistas como necessárias e bem vindas.
A visão dos
elementos mais significativos, que compunham a sociedade brasileira daquela
época, por Sérgio Porto, perceptíveis na letra do samba será destacada. Os
militares, a classe média, os funcionários públicos, os políticos e outros
personagens estão presentes sub liminarmente na letra de Stanislaw. Quem sabe
não estará nascendo aqui a Pesquisa do
Historiador doido?
2 OS
MILITARES
Os militares, que saíram do evento de
31 de março como vencedores, trataram logo de demarcar seu território junto à
sociedade preparada para os novos tempos de progresso e ordem. Eram os
libertadores, guardiães das instituições democráticas e governantes
“temporários” do Brasil. A classe média sentia-se recompensada e atendida no
seu pleito de combate ao anticomunismo. O medo de perder seus bens para o
estado tinha diminuído com a deposição de João Goulart, que pregava a reforma
agrária e medidas inaceitáveis a quem possuía algum bem ou empregava alguém.
Isto posto, a predominância do elemento
militar à frente das instituições, empresas estatais e também de empresas
privadas nas posições de comando não era discutida. O sonho dos pais da classe
média era ter um filho nas academias militares: um bom salário, um futuro
garantido e a possibilidade de influência para todos os parentes. A cultura do
“você sabe com quem está falando?”
imperava e resolvia várias pendências facilmente. Mas também trazia conflitos.
Algumas vezes era necessário medir forças e patentes. Como no caso do cachorro
do coronel que atarantava os condôminos do prédio onde morava, e que por
coincidência o síndico era um major[4], hierarquicamente inferior
à patente do dono do cachorro. Em tese, o síndico seria o responsável pela
ordem no prédio e administrador dos interesses dos moradores, além de
autoridade máxima. Mas, ao mesmo tempo, profissionalmente, o coronel era
superior ao major. Tão inacreditável ficou a situação que virou crônica de
Stanislaw:
“Por causa do que
o cachorro fez, foi aberto um IPM de cachorro. King – este era o nome do
cachorro corrupto – cumpriu todas as exigências de um IPM. Seu depoimento na
auditoria foi muito legal. Ele declarou que au-au-au. (Febeapá 1, p.25)[5].
No caso da
canção tema deste trabalho, a intervenção dos militares e do governo, é claro,
já pode ser notada no início da canção, quando o próprio Sérgio Porto lê o
prefácio, no qual explica que o crioulo
acostumado a fazer sambas enredo sobre acontecimentos históricos brasileiros,
recebe a incumbência de fazer um enredo sobre a conjuntura nacional[6]
. É nítido que o autor quer mostrar a ingerência do governo militar também no
espaço cultural. Tal atitude demonstra o interesse dos governantes em atuar no
enredo como uma propaganda política enaltecendo os feitos da revolução. Deu no
que deu. Os únicos versos que contêm uma asserção verdadeira são os dois
primeiros que dizem que em Diamantina nasceu Juscelino Kubtscheck. Era tremenda
a pressão do regime sobre as pessoas que, despreparadas tinham que se submeter
à vontade dos governantes.
A partir daí
estava feita a crítica sobre novos costumes, como, por exemplo, o denuncismo
generalizado que passou a fazer parte do dia a dia dos brasileiros.
Principalmente no meio artístico e jornalístico onde os agentes incumbidos de
recolher informações sobre ações subversivas mais produziam suspeitas sobre as
pessoas vigiadas, do que produziam informações verdadeiras[7]. A obrigação do crioulo de fazer um samba
diferente do que estava acostumado, produziu uma obra tão doida quanto o autor.
Também o fato
de envolver Tiradentes na letra do samba serve como uma crítica aos militares.
É sabido que “Joaquim José, que também é, Da Silva Xavier” era um militar e
patrono da Polícia Militar de Minas Gerais, berço do golpe. Sendo um ícone da
república e militar, é colocado como uma pessoa gananciosa pois queria “ser
dono do mundo”, casou-se com a princesa (que representaria a Pátria) contra a
vontade dela e ainda se proclamou imperador.
Como nascedouro
do golpe de 1964, Minas Gerais é lembrada como gênese da confusão, pois “foi em
Diamantina” e em outra parte da letra, Tiradentes “das estradas de Minas seguiu
para São Paulo” para conversar com Anchieta, um dos fundadores da capital
paulista.
3 OS
MINISTROS, POLÍTICOS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Stanislaw era
um crítico mordaz do momento político vivido pelo Brasil após a revolução de 31
de março. E como não poderia deixar de ser havia a crítica sobre aqueles que
conduziam a burocracia brasileira, usando como ferramenta de manutenção do
poder e privilégios o puxa-saquismo. Em sua crônica “O Puxa-saquismo
Desvairado” no primeiro Febeapá,
conta a estória de um prefeito municipal cansado de mudar o nome da praça
principal do lugarejo, devido às constantes mudanças de presidentes da
República, que resolveu tal problema dando o nome definitivo à praça de “Praça Presidente Atual”[8].
Em outra
crônica, “O Candidato Ideal” no Febeapá 3, cita expressões populares
para descrever as qualidades que o político deveria ter naquele momento em
questão: “mão de gato, pé de boi, cabeça de bagre, estômago de avestruz e
espírito de porco”[9].
Sorrateiro, pronto para qualquer trabalho mais simples, ruim de serviço, engole
qualquer coisa e a digere bem e finalmente inventor de situações embaraçosas:
eis o perfil do político brasileiro submetido aos poderes ditatoriais dos
militares. É bom lembrar que a falta de discussão e o excesso de disciplina e
hierarquia, são predicados de todo bom militar. O problema é que quiseram que
toda a sociedade se adaptasse a tais qualidades.
Na letra do
samba encontramos Tiradentes se entrevistando com Anchieta, vigário dos índios.
Não deixa de ser uma função pública, a de vigário, fruto da burocracia
excessiva do país, que por sua vez, “aliou-se a Dom Pedro e acabou com a
falseta”. Também o fato de “dar bode” pode ser explicado por um medo excessivo
de errar e desagradar os comandantes governantes. Como constou acima, um
estômago de avestruz ajuda a engolir as mais difíceis mazelas burocráticas.
4 O
POVO BRASILEIRO
As classes
dominantes enxergavam apenas baderna, anarquia e principalmente subversão e o
pior de todos, a comunização do país através dos movimentos legítimos das
classes trabalhadoras[10]. O movimento operário, principalmente, era o
alvo favorito dos militares, que viam na classe organizada e atuante um dos
principais focos de resistência ao regime.
No livro Garoto linha dura, na crônica “O
operário e o Leão”, Stanislaw zomba descaradamente da restrição que as classes
dominantes faziam da classe operária. Conta que um leão fugiu do circo e um
rapaz, heroicamente, enfrentou a fera e a subjugou. Depois do ocorrido a
imprensa corre para saudar o jovem herói e quer saber qual era a sua profissão.
Ao saberem que o rapaz era um operário, a versão da façanha mudou de foco:
“Leão indefeso e acuado morto por feroz agente comunista". Tal mudança de
foco demonstra a crítica tanto ao ponto de vista dos militares como da postura
adesista da grande imprensa. É sabido que grandes jornais como, por exemplo, O Globo e também redes de TV como a Rede Globo e posteriormente o SBT, faziam o jogo dos governantes
visando favorecimentos.
Já no Samba do Crioulo Doido a citação ao povo
está justamente no prefácio, onde há uma imposição ao compositor, de origem bem
humilde, de que faça o que não tem competência para fazer. O ritmo de Brasil
Grande exigia uma formação superior ao que o povo realmente possuía.
Também a
resolução da questão colocada na letra da canção é extremamente desfavorável à
população: “E foi proclamada a escravidão”! O que fora mote para desbancar a
monarquia há um século antes pelos militares, volta como solução para as
mazelas brasileiras. A escravidão do brasileiro submetido à vontade férrea dos
militares golpistas era a verdadeira solução de todos os problemas nacionais. O
povo é apenas um detalhe e uma questão de retórica no discurso revolucionário.
Por ele foi feita a revolução e proclamada a escravidão. E como prêmio e
reconhecimento, D. Leopoldina (que representa na música a Pátria) virou trem e
Dom Pedro, que fora Tiradentes, vira estação. Estação que socorre e abriga a
composição de vagões que é a nação brasileira. A estação é o local onde param
os trens, de onde partem e onde chegam. Daí a pátria ser um trem com partida e
destino certos, em horários também certos. Há um detalhe: o povo que está na
estação constata que perdeu o trem nação: “o trem está atrasado ou já
passou”...
5 CONCLUSÃO
O Samba do Crioulo Doido retrata com
muito humor e sarcasmo a conjuntura política da década de 1960 posterior ao
golpe militar. Atingiu seus objetivos de crítica, principalmente para quem
estava sintonizado com o que acontecia no país de imprensa cerceada pela
censura. Interessante que muitas pessoas que são contemporâneas ao lançamento
da canção entendem que trata-se de uma brincadeira de um autor de crônicas
engraçadas que se meteu no mundo da música. Alguma coisa como uma galhofa sobre
os sambistas das escolas de samba, que já àquela época, sofriam pressões para
comporem seus sambas de acordo com a vontade dos maiorais do samba, do jogo do
bicho e da política.
A crítica é
velada até certo ponto. Hoje é vista desnuda e atual. Também hoje possuímos
nossos crioulos doidos que estão nos mais diferentes cargos e mais diferentes
extratos sociais.
Ao brincar com
personagens tão importantes e marcantes na História brasileira e envolvê-los em
tramas inverossímeis, Sérgio Porto mostrou a genialidade que o governo militar
procurava provar que o povo brasileiro possuía. Convocações como “Ninguém
segura a juventude do Brasil”[11]
nas vozes de Os Incríveis, outras
canções com Don e Ravel, Wilson Simonal, Antônio Carlos e Jocafi, Ivan Lins
entre outros, além de programas globais como Amaral Neto: o repórter visavam mostrar ao brasileiro o seu
potencial e o que, com o auxílio dos revolucionários de março de 64, estava
sendo feito. A propaganda visava ao invés de ocultar o que ocorria nos “porões
da ditadura” através da censura, mostrar ao povo que toda a sua potencialidade
estava sendo explorada[12].
Ao passo que
muitos cantavam que “o Brasil merece o nosso amor”, Stanislaw cantava que
estava “proclamada a escravidão”! Quando
cantavam que “este é um país que vai prá frente”, o crioulo cantava que nossa
pátria havia virado um trem. E o pior: que o povo havia perdido o trem, pois, como
conclui a letra do samba, “ O trem tá atrasado
ou já passou”...
Sérgio Porto
com suas crônicas irreverentes e seus livros, os Febeapás, lutou contra o regime então imposto ao país. Seu Crioulo Doido, ao lado da Graúna, Fradim, Bode Francisco Orelana e
outros personagens de Henfil[13] , formaram uma certa reserva de
resistência de quem não podia se manifestar livremente, mas podia protestar
através da leitura de tal literatura subversiva (segundo os censores de
plantão). Leitura essa que ficava mais emocionante à medida que a censura
mandava recolher edições de jornais, como O
Pasquim por exemplo. O fato de saber que tal publicação era considerada
subversiva aumentava o interesse de possuí-la. Era uma corrida às bancas para
chegar antes que a polícia também chegasse para recolhê-las.
Assim sendo,
resta-nos hoje reler tais publicações e ficarmos deliciados com tanta
criatividade e ironia, que contrariava as pessoas que sentiam que tais
discordâncias eram perniciosas para o Brasil. Gente que empunhou o terço como
arma contra o comunismo em várias localidades do país em “Marchas da Família
com Deus pela Liberdade” [14].
Em tempo, o
prefácio:
“Esta é a
história de um compositor que, durante muitos anos obedeceu ao regulamento da
Escola de Samba e só fez música sobre história do Brasil e tome tema de Inconfidência,
Abolição, Proclamação, Chica da Silva, e o coitado tendo que aprender tudo
isto. Até que um dia lhe deram um tema
complicado: a atual conjuntura e aí o crioulo endoidou de vez.” [15]
[1]
Quarteto em Cy. Samba do crioulo doido (com prefácio de Stanislaw
Ponte Preta). Sérgio Porto [Compositor]. In: Série grandes nomes – Quarteto em Cy. São
Paulo : Polygram,
p1995. CD 2. Faixa 1.
[2]
Quarteto em Cy. Samba do crioulo doido... Op. cit.
[3] MORAES, Dislane Zerbainatti. “E
foi proclamada a escravidão!”: Stanilaw Ponte Preta e a representação satírica
do golpe militar. Revista Brasileira de
História., São Paulo: 2004, vol. 24, no. 47, p. 61-102. p.63.
[4]
PRETA, Stanislaw Ponte. Febeapá: o Primeiro Festival de Besteira que Assola o País. (capa e
ilustrações de Jaguar). Rio de Janeiro: Ed. do Autor, 1966. p.25
[5]
MORAES. Op. cit. p. 73.
[6]
Quarteto em Cy. Op. Cit.
[7]
NAPOLITANO, Marcos. A MPB sob suspeita: a censura musical vista pela ótica dos
serviços de vigilância política (1968-1981).
Revista Brasileira de História., São
Paulo: 2004, vol. 24, no. 47, p.103-126. p.104.
[8]
MORAES. Op. cit. p. 87.
[9]
Ibidem, loc. cit..
[10]
TOLEDO, Caio Navarro de. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. Revista Brasileira de História., São
Paulo: 2004, vol. 24, no. 47, p. 13-28. p.15.
[11]
JARDIM, Eduardo. Que país é este? In: CAVALCANTE, Berenice, STARLING, Heloísa
Maria Murgel, EISENBERG, José (Orgs.), Decantando
a República, v2: inventário histórico
e político da canção popular moderna brasileira. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. Pp.48-49.
[12]
FICO, Carlos. A pluralidade das censuras e das propagandas da ditadura. In:
REIS, Daniel Aarão; RIDENTI, Marcelo & MOTTA, Rodrigo Patto Sá (orgs.). O golpe e a ditadura militar: quarenta anos
depois (1964-2004). Bauru, SP: EDUSC, 2004. p.266.
[13]
HENFIL. Fradim. Rio de Janeiro:
Editora Codecri Ltda; Petrópolis: Vozes, 1973.
[14]
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra
o “Perigo Vermelho”: o anticomunismo no Brasil(1917-1964). São Paulo:
Perspectiva: FAPESP, 2002. p.266.
[15]
CAVALCANTE, Berenice. A república às avessas: boemia carioca e crítica
libertina. In: CAVALCANTE, Berenice,
STARLING, Heloísa Maria Murgel, EISENBERG, José (Orgs.), Decantando a República, v2: inventário
histórico e político da canção popular moderna brasileira. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
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