Análises interessantes são reproduzidas aqui. A análise abaixo é sobre o faturamento dos clubes no ano de 2012, e mostram que a maneira que arrecadam continua do mesmo modo que sempre foi feita: sem imaginação e não aproveitando o enorme mercado que a paixão proporciona.
A reportagem foi extraída do site da revista Veja e pode ser acessado no link abaixo, onde há muito mais informações sobre o assunto.
Futebol
http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/receita-dos-clubes-dispara-e-passa-dos-3-bilhoes-de-reais
Receita dos clubes dispara e passa dos 3 bilhões de reais
Estudo do especialista Amir Somoggi mostra um salto de 38% no faturamento das 20 maiores agremiações do país. Mas dependência da TV fica ainda maior
Giancarlo Lepiani
O Corinthians de Guerrero: receita inédita de 358,5 milhões de reais em 2012 - Ivan Pacheco
"Foi um ano atípico e positivo, mas os clubes não aproveitaram a
oportunidade para criar estruturas diferenciadas e convencer o mercado a
enxergar o futebol como grande negócio", diz o autor do estudo
As finanças dos maiores clubes brasileiros
"Nosso futebol está em evolução, mas os dirigentes brasileiros ainda têm uma visão muito limitada do futebol como negócio", explica Somoggi, que completou uma década de acompanhamento detalhado dos balanços financeiros dos clubes. Em seu primeiro estudo, realizado em 2003, as fatias correspondentes a cada fonte principal de receita dos clubes não eram muito diferentes do que são hoje. Quem previa um grande salto nas ações de patrocínio e publicidade em função da proximidade da Copa do Mundo, por exemplo, se decepcionou. Entre 2011 e 2012, o crescimento absoluto do marketing como fonte de receita dos vinte principais times do país foi de apenas 10,4 milhões de reais. Ao mesmo tempo, as cotas de TV tiveram um incremento espantoso: 435,8 milhões de reais. No decorrer da década analisada pelo consultor, a dependência dos grandes clubes mudou em um aspecto importante: antes, eles apostavam nas transferências de atletas ao exterior para equilibrar as contas; hoje, se escoram no dinheiro repassado pela TV para bancar suas despesas. Com o crescimento econômico do país, os clubes já conseguem manter seus grandes craques no futebol brasileiro e até repatriar grandes nomes que atuavam havia anos no exterior. Ainda assim, a venda de jogadores continua sendo uma fonte importante de recursos (14% do total das receitas dos grandes clubes). Graças ao salto no dinheiro proveniente da TV, as vinte principais agremiações brasileiras fecharam 2012 mais perto do azul (quando são contabilizadas receitas extraordinárias recebidas por Palmeiras e Atlético-PR em função das reformas de suas arenas, há superávit de 23 milhões de reais nesse pelotão de elite do futebol nacional). Os gastos excessivos e sem planejamento e a manutenção de um modelo obsoleto devem levar os números de volta ao vermelho depois de apenas uma temporada.
Um modelo antiquado - e que ainda persiste
Em uma década, a distribuição das fontes de
receitas mudou pouco. A participação da bilheteria no faturamento total,
por exemplo, ficou no mesmo patamar. Em 2007, auge do êxodo de
jogadores
brasileiros para o exterior, as transferências de atletas eram
fundamentais para pagar as contas. Agora, a dependência é dos direitos
de TV.
Em 2012 o cruzeiro teve a pior receita entre os 12 grandes, isto não é preocupante?
ResponderExcluir2012 foi um ano de arrumação da casa. Este ano o balanço já abriu janeiro com lucro.
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