sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Italia visita a Toca II

          A vida nos prega peças e nos proporciona muitas emoções. De repente recebemos notícias que mudam totalmente o andamento do nosso dia. Terça-feira foi um dia assim. Estava trabalhando tranquilamente quando meu telefone tocou; era Leonardo, secretário-geral da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira de Minas Gerais, me informando que uma delegação da Federazione Italiana Gioco Calcio (FIGC) estava chegando a Belo Horizonte para visitar alguns locais escolhidos para abrigar seleções durante a Copa do Mundo e Copa das Confederações e, entre tais locais, estavam as duas Tocas da Raposa. Leonardo pediu para que eu, como diretor da Câmara Italiana, a representasse em tal visita. Em seguida, fui comunicado também pelo governo do Estado sobre a presença ilustre em Belo Horizonte e me solicitaram que, como vice-presidente da Associação de Cultura Italiana, representasse a comunidade.
          Em visita à Italia em março do presente ano o Governador Antonio Anastasia visitou, em Roma, a sede da Federação Italiana Gioco Calcio e fez o convite ao presidente daquela instituição para que a Italia se hospedasse em Belo Horizonte. Fez parte da comitiva do governador o Conselheiro do Cruzeiro Alberto Medioli que entregou ao dirigente italiano um book com as apresentações das instalações dos Cruzeiro. Na foto abaixo vemos o secretário de Turismo de Minas Gerais Agostinho Patrus e Alberto Medioli durante a visita.


          Entrei em contato com o Marcone Barbosa, que estava no Rio de Janeiro participando da Feira Mundial de Futebol com praticamente toda a diretoria do departamento de futebol do Cruzeiro. Perante a ausência de nossos maiorais futebolísticos, liguei para a Rita, chefe do departamento de Relações Públicas, e contei-lhe a novidade. Prontamente ela providenciou vários  kits contendo uma camisa do Palestra, chaveiros, pins, canetas, revistas e o livro de Plínio Barreto: De Palestra a Cruzeiro - uma trajetória de glórias. Passei na ACIBRA e busquei várias bandeiras italianas e no final da tarde, após encerrar meu expediente bancário, rumei para a Toca da Raposa II. Lá chegando, fui recepcionado pelo Guilherme Mendes que foi um perfeito cavagliere com os nossos patrícios.
          Às 17:50 hs os italianos chegaram em um micro-ônibus de uma empresa parceira da ACIBRA, Expresso Biaggini, e escoltados por várias viaturas da Polícia Militar. Faziam parte da comitiva o Signore Mauro Vladovich, administrador da Seleção, Stefano Balducci, dirigente da Federação, Annarita Stallone, diretora de logística, Renzo Castellato, assistente técnico do treinador e Giambattista Venturati, preparador físico. Estavam ainda presentes Matheus Alves Teixeira e Glauco Carvalho da SECOPA e tradutores. Obviamente, em solo italiano, que é o caso das instalações do Cruzeiro, o uso de tradutores foi dispensado.
          Primeiramente se dirigiram aos gramados em frente ao hotel e ficaram impressionados com a qualidade dos dois campos. Ficaram espantados de verem como os campos são destinados a funções específicas. Os quatro gramados da Toca têm funções diferentes: um com o tamanho exato do gramado do Mineirão, outro com as medidas do Independência, o terceiro bem largo e comprido, que pode ser moldado em qualquer tamanho dependendo do estádio onde jogaremos e o quarto, com um gramado e piso de menor qualidade, visando a preparação para jogos em estádios mais precários, como alguns que existem pelo interior de nosso país.
          Se dirigiram ao hotel, que fora decorado com bandeiras italianas, onde foram presenteados com os kits, e vistoriaram os quartos, cozinha, refeitório, sala de jogos, as instalações administrativas, escritórios e ficaram muitíssimo impressionados com o auditório e nossa sala de edição de vídeos. Depois nos dirigimos para a parte esportiva da Toca e mostramos sala de imprensa, escritórios de comunicação, departamento médico, de nutrição, vestiários de visitantes e área de lazer, com quadra de volei, de tênis e as churrasqueiras. Também se deliciaram com os gramados dos dois campos que ficam em frente aos vestiários. Aliás, o vestiário principal deixou-os de boca aberta e os visitantes o compararam com o da Juventus em Vinovo, com o que prontamente concordei, pois visitei tal CT em maio passado.
          O que realmente impressionou os italianos foi nosso departamento de fisioterapia. A academia com seus modernos aparelhos, a piscina térmica e sobretudo o CARE. O CARE é o centro de reabilitação de atletas que possui os mais modernos aparelhos que um centro de recuperação poderia ter. Aparelhos de ultra-som, micro-ondas, raios-x e principalmente o que é xodó de nosso fisioterapêuta Charlinho e que é um recuperador isocinético. Os dois preparadores físicos quase piraram quando viram aquela estrutura toda!
          A visita que era para acontecer em apenas trinta minutos demorou mais de uma hora. Já saíram da Toca da Raposa II com a noite caindo. E o mais interessante: desistiram de visitar outros centros de treinamento. Disseram que o que viram na Toca II, não seria possível encontrar em outro CT.
          Na foto abaixo, vemos a delegação italiana, vendo da esquerda para a direita: Guilherme Mendes, Balducci, Annarita, Casellato, Ciscotto, Vladovich e Venturati.



          Na foto seguinte, estão os membros da delegação italiana e os membros da SECOPA, tendo ao fundo o escudo do Cruzeiro.



          Durante toda a visita, contei-lhes a História de nosso Cruzeiro, como nascera Palestra Italia e como mudamos nossa cor para o azul da Nazionale Italiana. Contei sobre patrocinadores italianos, a comunidade, as festas, comemorações e sobretudo, como ficaríamos felizes com a presença da Italia em Belo Horizonte.
          Mas, ao final da visita, fui presenteado, pelo Signore Mauro Vladovich, com uma camisa oficial da Azzurra, usada por Pirlo em um jogo das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014! Nas mangas possui os emblemas da FIFA e fair play e com o símbolo da Copa de 2014. Foi muita emoção para um simples italiano!


         No dia seguinte embarcaram para São Paulo, onde tive a certeza que visitariam o Palmeiras, o que realmente aconteceu, mas fiquei feliz em ler a notícia do UOL, que reproduzo o link abaixo.

http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2012/11/29/tecnico-da-selecao-italiana-visita-ct-do-palmeiras-em-sao-paulo.htm?cmpid=ctw-copa-do-mundo-2014-news

          Na reunião do Conselho Deliberativo acontecida em 29 de novembro, pedi a palavra e narrei aos colegas de Conselho sobre a visita acontecida em nossas instalações e a repercussão que a presença italiana em Belo Horizonte pode trazer. Pedi ao Presidente Gilvan que acompanhe de perto tal possibilidade. Agora, o sucesso da empreitada de trazê-los a Belo Horizonte está nas mãos de nosso Presidente.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os 17 Clubes com a marca mais valiosa em 2012.

O estudo abaixo foi publicado no site www.futebolfinance.com.br . Como gosto de tal assunto, reproduzo em meu blog cumprimentando o autor.

 

 

Os 17 Clubes Brasileiros com a Marca mais Valiosa em 2012


Nos últimos anos, a BDO tem vindo a desenvolver um estudo sobre o valor das marcas dos principais clubes brasileiros. Esta análise assenta em dezoito variáveis com base em dados financeiros, análises do perfil geográfico, económico e social dos adeptos e dos seus hábitos de consumo, informações de marketing e dados económicos e sociais do mercado brasileiro. Relativamente aos dados financeiros, não são consideradas as receitas com transferências de atletas baseando-se a análise apenas em receitas de marketing, estádio, associados e media geradas entre 2003 e 2011.
Com a cada vez maior proximidade do Mundial de 2014, as receitas dos clubes brasileiros têm vindo a aumentar gradualmente. Segundo a mesma empresa, o volume de receitas em 2011 atingiu os 2,7 biliões de Reais (cerca de 1,03 biliões de Euros) devendo-se sobretudo a um aumento do poder de compra da população, ao crescimento das receitas com direitos televisivos e ao aumento das receitas de publicidade e bilheteira.
Deste modo, nos últimos anos o Corinthians tem cimentado a sua posição como o clube com a marca mais valiosa do Brasil seguido do Flamengo e do São Paulo. Os clubes que registaram o maior crescimento em termos percentuais entre 2011 e 2012 foram o Vasco da Gama, o Bahia, o Coritiba e o Santos. Neste período, o ranking manteve-se relativamente inalterado registando-se apenas a troca de posições entre o Grêmio e o Vasco da Gama e entre os três últimos clubes.
OS CLUBES BRASILEIROS COM AS MARCAS MAIS VALIOSAS – 2010 A 2012
Pos.2012Valor R$Valor €Var %2011Valor R$Valor €Var %2010Valor R$Valor €
1Corinthians1.005,5383,416,0%Corinthians867,0330,615,6%Corinthians749,8285,9
2Flamengo792,0302,014,9%Flamengo (+1)689,5262,910,3%São Paulo659,8251,6
3São Paulo771,0294,016,1%São Paulo (-1)664,2253,30,7%Flamengo625,3238,4
4Palmeiras481,2183,56,2%Palmeiras452,9172,72,0%Palmeiras444,1169,4
5Internacional392,9149,841,4%Internacional277,9106,03,4%Internacional268,7102,5
6Santos341,6130,349,9%Santos (+2)227,986,948,7%Grêmio222,885,0
7Vasco da Gama (+1)316,7120,894,9%Grêmio (-1)224,685,60,8%Vasco da Gama156,559,7
8Grêmio (-1)316,1120,540,7%Vasco da Gama (-1)162,562,03,8%Santos153,358,5
9Cruzeiro205,078,235,5%Cruzeiro151,357,78,4%Cruzeiro139,653,2
10Atlético Mineiro179,168,319,0%Atlético Mineiro150,557,436,4%Atlético Mineiro110,342,1
11Fluminense157,460,016,0%Fluminense135,751,730,2%Fluminense104,239,7
12Botafogo112,642,924,1%Botafogo90,734,60,9%Botafogo89,934,3
13Atlético Paranaense86,933,114,9%Atlético Paranaense75,628,811,7%Atlético Paranaense67,725,8
14Coritiba83,331,854,0%Coritiba54,120,61,3%Coritiba53,420,4
15Bahia (+2)55,021,093,0%Vitória (+1)40,815,611,2%Sport37,314,2
16Vitória (-1)42,316,13,7%Sport (-1)39,315,05,4%Vitória36,714,0
17Sport (-1)41,916,06,6%Bahia28,510,937,0%Bahia20,87,9
Notas: (1) Valores em milhões de Reais e Euros; (2) 1 BRL = 0,381336 EUR a 28 de Outubro de 2012.

sábado, 6 de outubro de 2012

Setenta anos de Cruzeiro!

                     Em 02 de janeiro de 1921 nasceu em Belo Horizonte a instituição esportiva de origem italiana chamada Palestra Italia. Tal instituição reunia sob as cores da bandeira italiana os italianos que para Belo Horizonte vieram e seus descendentes, a maioria já nascida na capital construída com o suor de seus pais e avós.
        Quis o destino que aquela instituição crescesse e se tornasse em um grande clube de futebol que, apesar da tenra idade, já amealhasse grandes conquistas sobrepujando os outros times mais antigos e pertencentes à elite mineira, quando da deflagração do conflito mundial que arrasou a Europa na década de 1940.
        Quando o Brasil juntou forças ao lado dos aliados, as potências do eixo tornaram-se inimigas e a origem italiana do Palestra trouxe sobre o Clube do Barro Preto e seus sócios a dúvida sobre seu patriotismo e o temor de que passassem a colaborar com o inimigo italiano. Porém, os laços com a antiga pátria já haviam se rompido em boa parte e novos laços já estavam consolidados com a Pátria que os acolhera. O Palestra, já àquela época, se tornara uma potência esportiva nacional, conhecida e respeitada em todo o Brasil e como tal, estava inserido no mundo desportivo brasileiro.
        Porém, de nada adiantava ser brasileiro. Precisava demonstrar que era brasileiro e assim, o Governo Brasileiro sancionou uma lei que obrigava a todas as instituições que trouxessem no nome alusões aos países do eixo mudassem de nome. E coube ao Palestra Italia de Belo Horizonte dar a maior demonstração de civismo dada entre todos as instituições que tiveram que, à força, serem rebatizadas.

         Em 07 de outubro de 1942, apenas trinta e oito dias após a declaração de guerra contra os países do eixo, o Conselho Deliberativo do Palestra Italia resolveu, após algumas controvérsias, escolher o nome com o qual trilharia seu caminho de vitórias e conquistas no cenário mundial dos esportes. Naquela data, em reunião conturbada na qual o presidente Ennes Cyro Poni renunciou devido a divergências entre sócios que queriam que continuasse o nome de fundação e outros que apoiavam a mudança obedecendo à lei, Oswaldo Pinto Coelho, ex-presidente do clube, sugeriu que o nome passasse a ser Cruzeiro Esporte Clube. Em sua explanação lembrou que a constelação do Cruzeiro do Sul era (e ainda é) o símbolo maior da República. Nas armas, no brasão, no selo, na bandeira e em todas as representações da Pátria a imagem do Cruzeiro resplandece. Para agradar aos italianos e seus descendentes foi sugerido que o uniforme passasse a ser azul como o da equipe nacional italiana. Para o grande público foi divulgado que a cor azul representava o azul da bandeira brasileira onde estavam colocadas as estrelas da constelação. No céu azul as estrelas pendiam assim como na bandeira e na camisa do Cruzeiro Esporte Clube. Tal decisão amenizou os ânimos da ala italiana mais rebelde, liderada pelo Conselheiro Aniello Anastasia, este totalmente contrário à mudança do nome do Clube.
        No ano de 2012, em 07 de outubro, o Palestra Italia completou setenta anos sob o nome de Cruzeiro Esporte Clube. Sob a nova e patriótica denominação transformou-se na mais gloriosa instituição esportiva italiana fora da Itália. Títulos em profusão, não só no futebol mas, em vários outros esportes tornaram o Cruzeiro Esporte Clube em referência de capacidade, competência e competitividade entre tantos clubes que brilham pelo mundo afora.
        Ao contrário do que pregam adversários sobre o fato do Palestra Italia ter mudado de nome para Cruzeiro, tal fato demonstra o sentimento de adaptação e pertencimento dos italianos e seus descendentes à sociedade brasileira que tão bem os acolheu. Carregamos no peito o símbolo nacional e representamos o Brasil onde vamos e onde disputamos nossos jogos, escrevendo páginas heroicas e imortais.
        Aos que nos criticam a mudança de nome respondo com o refrão de nosso hino pós 1942 que representa bem a saga, não só dos antigos ítalo-brasileiros como da grande Torcida Cruzeirense espalhada pelo mundo afora e que já é a quinta maior do Brasil:
        “Cruzeiro querido, tão combatido e jamais vencido”!







sábado, 22 de setembro de 2012

Hegemonia

         
          Hegemonia. Difícil encontrar uma palavra que traduza melhor o momento do vôlei do SADA Cruzeiro que se sagrou campeão mineiro de voleibol em 2012. Aliás, tricampeão, uma vez que é a terceira conquista seguida. Em tão pouco tempo de vida já mostrou ao que veio e ostenta um belo currículo de conquistas.
        Desde que a parceria SADA Cruzeiro foi firmada foram várias as vitórias e conquistas que o Clube do Barro Preto amealhou. Fruto de um trabalho intenso e de muito apoio à comissão técnica que aportou no CT sob o comando do técnico Marcelo Mendez. Desde que ele chegou, o Cruzeiro foi finalista em todos os torneios que disputou e deixou de ser campeão em apenas um, a Superliga de 2010/2011.
         Muitos são os que me perguntam se tal excelência no vôlei não pode ser aplicada no futebol cruzeirense. É bom ressaltar que são departamentos diferentes e independentes dentro do Clube, mas que a tendência, é que o futebol atinja também tal padrão de qualidade. Há pouco tempo, havia uma integração muito grande entre os dois departamentos à época de Adilson Batista como treinador de nosso futebol. 
          Tenho que ressaltar o zelo com o qual os dirigentes do principal patrocinador, o Grupo SADA, tratam a equipe. Nada falta e há muita presença.

         Interessante que o orçamento do voleibol cruzeirense não está entre os maiores entre os grandes clubes que disputam a Superliga. A competência no contratar, manter e cobrar desempenho talvez seja a grande sacada do SADA Cruzeiro. A reposta para tal hegemonia talvez se resuma também em um única palavra: Competência.
         Parabéns ao SADA Cruzeiro e sua competente e vibrante torcida! Em outubro acontecerá o Mundial da categoria em Doha e temos boas chances de conseguir o título mundial.
          In bocca al lupo!
Obs.: As fotos foram tiradas do site: http://www.facebook.com/SadaCruzeiro
Como não pude estar presente, pego uma carona no nosso Facebook.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Tudo azul na América do Sul!

          Esperei alguns dias após a final do campeonato sulamericano para escrever no blog sobre a grande final que fez com que tantos sentimentos se aflorassem em tão pouco tempo. Realmente a tensão antes da final mostrou como cada um convive com o imponderável de uma decisão tão importante. Alguns se recolhem, outros se silenciam, outros mais ficam eufóricos, tensos, nervosos e a minoria permanece calma. Eu, particularmente, sou dos que ficam eufóricos e tentam viver cada minuto do evento intensamente, sabendo que outra oportunidade como aquela não acontece todos os finais de semana.
          Esperei também em respeito aos profissionais de imprensa que cobrem e divulgam o evento. Eles são os especialistas em divulgação. Eu, com meu blog, divido com as pessoas que o leem, as minhas impressões pessoais, sempre carregadas de emoção e sem a pretensão de serem furos jornalísticos. É óbvio que minha maneira de descrever os fatos nunca se coincidirá com o de nenhum outro escritor. Cada um tem sua maneira de ver e analisar.
          O dia custou a passar em Linares e cada um curtiu sua espera à sua maneira. Às 16:00 hs saímos do hotel e nos dirigimos ao ginásio, onde o time da casa perdia a disputa do terceiro lugar para o time da Venezuela. Mesmo com a derrota, a prefeitura municipal ofereceu um troféu à equipe linarense que mostrou muita garra e mobilizava a torcida com belas jogadas. Por falar em torcida, a música que mais elevava o moral do time era o hino da cidade. Tive muita dificuldade em aprender a letra, mas, ao final do torneio, já me sentia um linarense cantando o hino municipal. São acordes de uma banda, com pequenas paradas nas quais a plateia canta: Linares! São quatro paradas e quatro vezes entoamos: Linares! 
          Após o jogo começamos o aquecimento e houve a entrada dos times lado a lado após os árbitros. Muito simpática foi a atuação do marketing cruzeirense que mandou flâmulas, bonés e pins que nossos atletas entregavam aos adversários no protocolo de cumprimentos. Em seguida foram entoados os hinos nacionais da Argentina e do Brasil. 
           A partida começou muito tensa e nosso time demorou a entrar no jogo. Perdíamos pontos bobos e os argentinos valorizavam muito os pontos que faziam e catimbavam bastante com muitas reclamações junto aos árbitros da partida. Para eles vale tudo para vencer uma partida. Ao meu lado, na arquibancada, estavam os dirigentes argentinos que não poupavam "elogios" aos nossos jogadores. Os membros da nossa comissão técnica, à exceção do fisiotepeuta Zuim, preferia uma postura mais olímpica e cavalheiresca. Os argentinos venceram o primeiro set e nosso técnico teve que "chegar junto" da rapaziada no intervalo. Aliás, muito engraçada foi a atitude do preparador físico argentino que insistia em ficar perto de nosso banco ouvindo as instruções do Professor Marcelo, fingindo que ia buscar o relatório do estatístico deles que ficava assentado, junto com os outros estatísticos, perto de nosso banco de reservas. Tivemos que pedir que se retirasse. Pedido feito com muita educação por parte de um de nossos jogadores.
       
           Encerrado o jogo o placar nos mostrava 3 x 1 para os brasileiros e mais uma página heroica e imortal foi escrita pelos atletas azuis. Muita festa, comemoração e alegria. Título conquistado com muita luta, suor, esforço e dor (que me diga o Acácio)! Bom ressaltar que, da indicação da seleção do torneio, entre os sete indicados quatro eram do Cruzeiro!






          Encerro com a foto acima da equipe em frente ao Ginásio Ignacio Carrera Pinto em Linares, onde o calor Cruzeirense empanou o frio que fazia naquela região distante do Chile. Chile de tradições especiais em se tratando de Cruzeiro, uma vez que em 1976, foi naquele país que nosso time de futebol levantou a taça de campeão sulamericano e pintou a América do Sul de azul pela primeira vez!

sábado, 8 de setembro de 2012

Diário de viagem - 08/09 - Semifinal

O dia começou bem cedo para mim. Fui incumbido pela direção técnica do SADA Cruzeiro a representar o Clube em uma visita a uma vinícula e em um almoço da organização do evento em Talca, a capital da região de Maule, onde fica a cidade de Linares.
Fomos à Vinícula Balduzzi que pertence à família do mesmo nome. Fui recebido pelo presidente, Dr. Jorge Balduzzi, neto de italianos de Asti, no Piemonte. Asti é produtora de vinhos fantásticos na Italia, com destaque para o Nebbiolo com uvas barolo. O avô do senhor Jorge emigrou da Italia para o Chile e trouxe mudas de uvas que plantou em sua propriedade e que depois viraram o negócio da família. Falando um português perfeito me disse que irá a Belo Horizonte, onde colocará seus vinhos à venda com o auzílio da Câmara de Comércio Ítalo-brasileira.


Após a visita, nos dirigimos ao Hotel Casino, em Talca, onde almoçamos com a organização do Campeonato Sulamericano de Clubes. De volta a Linares, alguns momentos de descanso e às 18:30 hs. saímos para o ginásio onde assistimos o final do jogo onde a UPCN da Argentina derrotou os Hurricanes da Venezuela, se classificando para a grande final de domingo.
Às 20:30 hs começou o jogo do SADA Cruzeiro contra o Linares do Chile e novamente vencemos por 3x0. Estamos classificados para a grande final de domingo contra "los hermanos" e a galera está muito entusiasmada, pois, até agora, não perdemos um set sequer.

O destaque de hoje foi novamente Willian, que matou a pau e Maurício. O destaque mais que positivo foi do líbero Serginho que foi uma muralha defensiva! É interessante ressaltar que o fato do Serginho além de excelente líbero, faz também muitíssimo bem o papel de levantador "ad doc"! Também foi muito legal a entrevista que Wallace deu ao narrador do evento logo após o jogo. Muito elucidativa.
Neste momento os atletas estão jantando e amanhã cedo teremos treino na quadra do ginásio linarense.
Em tempo: a foto do jogo foi tirada do site do SADA Cruzeiro.